Tiro, Porrada e Aula #07: Posicionamento e movimentação

Atiradores!

Quando se está com o gatilho no dedo e o olho na tela, é difícil pensar de forma racional. Chega um ponto onde você joga mais por instinto do que pela tática, e é aí que mora o perigo. Enquanto se está aprendendo a jogar, é comum adquirir uma série de vícios até individualistas na hora de caçar seus oponentes. É necessário substituir esse pensamento irracional por estratégia se quiser ser um profissional, e é sobre isso que falaremos na aula de hoje.

Um erro muito comum que é cometido frequentemente até dentro do circuito profissional é o individualismo dos jogadores. Equipes são formadas por um grupo de atiradores que pegam sua arma de preferência e simplesmente avançam no campo de batalha, sem lembrar que Point Blank é um jogo de times, um jogo coletivo, e que exige uma comunicação e sincronia na movimentação. 

O melhor arsenal

A primeira coisa que se deve considerar ao entrar numa partida é considerar o comportamento do seu oponente e escolher as armas que te deem a maior vantagem. Por exemplo, se você sabe que o adversário vai vir com um bando de Duals, por que não tentar ganhar pela distância com uma arma com um pouco mais de precisão e bata mais de longe? Conhecendo as armas que você e seus oponentes usam, é mais fácil de traçar estratégias e pensar com calma nessas escolhas.

Além disso, a escolha de armas deve partir de um princípio coletivo. Deve pensar não somente no que você gosta de jogar, mas o que o seu time precisa que você jogue. Qual a tática da vez? O mapa é fechado ou amplo? Está defendendo ou atacando? Que rotas vai cobrir? São muitos questionamentos que vão além de pegar a sua arma favorita e ir dar tiro.

Caminho certo

Outra questão é a movimentação. Por ser um jogo de equipes, não é só uma questão de achar inimigos e descer o pipoco. Um time deve saber avançar pelo mapa de forma sincronizada, cobrir cada rota e sondar a movimentação do inimigo de modo a achar a melhor maneira de prosseguir. No metagame, chamamos essa mecânica de “rotação”, e dizemos que um time tem uma boa rotação quando ele sabe fazer essa análise no campo de batalha.

Por exemplo, numa partida em Stormtube, o time pode se espalhar e avaliar com calma as escadarias e corredores para verificar qual está menos guardada. Isso dá a chance de identificar falhas na defesa do oponente, permitindo um avanço e flanquear o outro time. Em partidas profissionais, ações como essa por vezes acabam com a queda de 2 ou 3 membros de um time, que não estavam preparados para serem atacados em duas ou mais direções simultaneamente. 

Por isso, é essencial deixar de lado o pensamento singular e pensar sempre no plural em partidas sérias do PB. Saber deixar de lado gostos pessoais e assumir a postura de um membro do time com uma função específica permite você se dedicar ao máximo àquela função, e essa é a rota mais rápida para se tornar um jogador profissional.

Isso encerra nossa aula de hoje, a penúltima da série. Na semana que vem, vamos concluir com um pouco de literatura. Espero que estejam com seu Sun Tzu em dia, porque estamos quase todos prontos para a guerra!

Foco no alvo e nos vemos na próxima semana!