Tiro, Porrada e Aula #02: Introdução ao CNPB

Atiradores!

Depois de entender o princípio básico de uma cena competitiva, acredito que estamos prontos para começar a pisar no território de Point Blank. Na aula anterior, pudemos aprender o conceito de metagame, o jogo além do jogo, que é inato de qualquer tipo de game que tenha proposta competitiva. Também aprendemos que esse ambiente e esse conjunto de comportamentos depende muito do estado do jogo e das regras vigentes.

Dessa maneira, Point Blank não possui um único metagame instaurado. Qualquer liga que tenha seu próprio conjunto de regras irá criar um metagame novo. Todavia, aqui vamos focar apenas nos mais importantes (e, honestamente, os que qualquer jogador que deseja crescer competitivamente deve se preocupar): CNPB, PBWC e PBIC/PBIWC.

Enquanto as últimas categorias citadas seguem modelos bastante similares (falaremos mais sobre isso nas próximas partes dessa série), o Campeonato Nacional de Point Blank segue uma estrutura bem mais específica e regrada. Isso se deve ao fato de que as regras são definidas pela Ongame em conjunto com os 4 principais times do cenário e visando apenas o público brasileiro.

Quais são as regras?

As regras na íntegra se encontram em sua respectiva página no menu do CNPB. Para fins de discussões, vamos dar foco para a sessão 6, Regras da Partida. Nela, temos uma lista de quais armas são liberadas para a modalidade que popularmente conhecemos por @Camp. 

Por que as regras são assim?

Essa limitação acontece para trazer um equilíbrio saudável no metagame. As armas ali disponíveis são as mais balanceadas, cada uma com uma peculiaridade e especial em um ponto específico. As que não constam na lista quebram esse padrão ou possuem poucas desvantagens, o que tira a dinâmica do jogo. É um procedimento que serve para evitar que aconteça um fenômeno chamado “centralização do metagame”.

Pense em uma arma que tenha a mesma taxa de tiros e precisão de uma já existente, porém com menos recoil ou peso, ou permitindo maior munição por carga. Não teria porquê escolher a arma “inferior” nessa situação, certo? É nesse momento que começa o tal fenômeno da centralização. Com essa superioridade em determinadas armas, todos os jogadores competitivos escolheriam os itens com maior eficácia e menor desvantagem, até chegar um ponto onde todos veriam exatamente as mesmas armas em todas as partidas.

Eliminando os equipamentos que trazem uma vantagem óbvia e desequilibrada, é instaurada uma maior variedade para a cena, permitindo que mais estratégias sejam válidas e fortes entre si. O mesmo se aplica aos personagens e outros itens disponíveis e bloqueados.

Por que as regras são assim?

É uma demanda da própria comunidade. As regras do Mundial e Internacional são muito mais “liberais” em relação aos itens permitidos (falaremos mais sobre isso em breve), o que faz com que aconteça a tal centralização que comentamos. É justo, já que o objetivo de se competir é vencer, então a lógica é utilizar as melhores estratégias à disposição. Entretanto, isso torna o jogo muito menos diversificado.

Assim sendo, a cena competitiva daqui tem sua manutenção feita a cada atualização de arsenal do jogo, para criar um pé de igualdade com armas que todos tenham acesso, e no qual todas as estratégias tenham espaço igual. Afinal, parte essencial de jogar é se divertir, então queremos criar oportunidade para que todos se divirtam!

Com isso nós encerramos o básico sobre o CNPB. Na próxima aula, falaremos um pouco mais sobre as armas disponíveis e estratégias mais usadas no formato!

Foco no alvo e nos vemos na próxima semana!